É vida que corre aposentada,
Pessoas viram fantasias,
Travestem-se de possibilidades.
No aglomerado, se encontram
E no desencontro se reencontram
Nos beijos, sem palavras prévias,
Preenchem as horas de folia
É efusividade de ritmos,
Os pés caminham na contramão do vazio,
A multidão é levada num corpo,
Que desemboca em melodias.
Na quarta-feira de cinzas, o azul do dia escurece
É a tristeza que vem chegando,
A máscara desprega do rosto
E a realidade reaparece.
Sem esquecer que ano próximo,
Outros ventos se aproximam
E os desassossegados recriam
Outras histórias resignificadas.
Empilham-se memórias
Nesse desvario de personagens
Na embriaguez, desses fugazes dias
Em que tudo transpira saudade.
Sem esquecer que ano próximo,
Outros ventos se aproximam
E os desassossegados recriam
Outras histórias resignificadas.
Empilham-se memórias
Nesse desvario de personagens
Na embriaguez, desses fugazes dias
Em que tudo transpira saudade.
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