Compõem-se passo ante passo.
Desembrulham-se em verbos,
Sentem em adjetivos,
Nomeiam-se em substantivos.
Ativam suas profundezas nos murmúrios do mostruário de memórias imaginadas.
São pedaços colhidos ali e aqui.
De vocês, de mim.
No cenário construído, vão se amoldando em ação.
Nos diálogos e nos silêncios, encontramo-nos nus.
Podem empanturrarem-se ao comer.
De fome, definharem.
De fome, definharem.
Sofrerem na falta de amor compartilhado.
No desespero, alguns querem viajar sem volta.
Outros ficam e ralham.
São tímidos, desastrados, espalhafatosos.
São gotas que colorem o cinza dos dias.
Derramam seus catalizadores de cores, sentidos, formas sobre nós.
Cutucam-nos com provocações e questionamentos.
Cutucam-nos com provocações e questionamentos.
Desfazem-se em areia e se reconstroem em palacetes.
Trazem consigo a noz do que somos
E sabem que com eles não estaremos sós.
Lindo, Hanna! Imagino que seja assim mesmo o processo de criação de figuras distintas de nós mas que, ao mesmo tempo, também são o que nós somos...
ResponderExcluirNão leve o personagem pra cama, ele pode fazer xixi de noite.
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