Pobre da bichinha, tá
tão magrinha.
Mimada e mimosa, ela sempre
foi.
Agora deu pra
carrancuda.
Deixou de estirar
simplicidade.
Passou a saracotear
por aí.
Cascudos, a menina tomou.
Mesmo assim,
desenrolou-se.
Parou de ser anjo de
candura, coração de rapadura.
Nublou-se pros olhos de quem não queria ver sua fantasia.
O ponteiro do tempo
caminhou.
De miúda se pôs graúda.
Hoje cá ela está.
Nariguda, beiçuda,
bochechuda, toda uda.
Cheia de infância e
olhos carregados de histórias.
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